Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2015
Voltei! Ou talvez não (como se alguém quisesse saber)

Diz o Daniel de Oliveira, não o Manel d'Oliveira, que é preciso uma cultura de união, tanto à esquerda como à direita. É desnecessário procurar fontes na net, que não vão existir. Ouvi isso agora na tele. 

 

União à esquerda? Sem dúvida. É o local onde devia haver. É onde não há. E por razões que me serão para sempre incompreensíveis, a não ser pelo sectarismo genético que parece existir em cada boa ideia que nasce entre a podridão que se chama história humana, a esquerda nasceu para se dividir. A direita não. É coesa. É um clube onde, para se entrar, só é preciso uma coisa: ser grunho.

Cuidado: há grunhos bons. Há grunhos cultos. Há grunhos de quem eu gosto muito. Mas, peço desculpa aos visados: ser de direita é, sim, e sem qualquer dúvida, ser grunho. É ceder às vontades básicas do egoísmo. É estar-se a cagar para quem não se vê. É chorar lágrimas de crocodilo. É fingir que se é bom porque se dá uns trocos para caridade. É pensar que solidariedade é dar com uma mão e tirar com muitas. É. Conheço grunhos que pensam isto. Mas por outras palavras, ou omitindo estas palavras.

 

A esquerda precisa de unir-se mais. Em Portugal, uniu-se mais ou menos no tempo em que fumava charros. Agora, que a esquerda portuguesa é muito clean e até o tabaco deixou, muito lúcida... põe-se a pensar. E divide-se por questões de bardamerda.

 

A direita, pelo contrário... só pede como requisitos mínimos que se queira foder a vida dos outros, já que a sua é uma merda... Pera aí... esses são os de direita... ou os de esquerda?

 

Fosga-se. Daqui a pouco digo cm'ó Cavaco. Unanimidade. Há mais coisas que nos* unem que as que nos separam. Como diz o coiso. Boa noite.

 

*Nos, não. Eu não entro nessa conta. Nem ao centro, cruzcredo**.

 

**Cruzcredo não é erro ortográfico. É figura de esquilo.

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publicado por Manuel Anastácio às 21:44
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