Capa de "Os Dias do Amor", Ministério dos Livros, a sair dia 23 de Janeiro de 2009.
Gosto que gostem de mim. Gosto de ser lido. Gosto de receber elogios pelo que escrevo. Não gosto quando sou desprezado. Será isso ter mau carácter? Provavelmente é.
"Os Dias do Amor" é uma recolha antológica, feita pela Inês Ramos, de 365 poemas de amor de 365 poetas, que será lançada dia 23 de Janeiro. O prefácio é do Henrique Fialho, que já me leu e agora já não me lê. Há um não-sei-quê de frio quando somos deitados para a lixeira - não me estou a queixar, só a constatar nunca me chegou a ler com muita atenção, mas que eu julguei que sim, porque me tinha linkado no seu blogue. Há um não-sei-quê de frio quando somos chamados de passarola (é bom, é mau? não sei, mas inclino-me para a segunda hipótese - nem chego a constatar nada, nem valia a pena escrever uma tão extensa e interessante resposta à minha constatação que não era queixa.) - por isso, sim, queixo-me, ehehe. [correcção e adenda ao texto original]
Participei (acho eu, não vá eu descobrir que dos 365 dias do ano me calhou o 29 de Fevereiro) com um poema que mantenho inédito e que só publicarei aqui passados uns meses após a publicação do livro, já que, ao pedido de participação da Inês, que muito me honrou, só poderia responder com algo inédito.
O poema, que será a primeira coisa por mim escrita a sair em livro, chama-se Flores de Pedra, e começa assim:
Ser estranho à vida, vento, julgaste que era pedra
Eu, vento, uma pedra
E jogaste-me como pedra
Eu, vento,
Ao fundo e estranho poço definido nos bordos dos teus abraços,
(...)
Para ler o resto terão de pegar no livro ou esperar que chegue a altura em que considerarei que já não se justifica manter o seu carácter inédito.