Não te lances ao pescoço das cobras se tens medo de dentadas.
Não te lances ao pescoço das cobras
Não te lances
Não
Não te lances
Não te lances aos transes depressivos da repetição
Aos lances regressivos da depressão
Não
Não te lances
Não avances
Deixa-te estar, a ver cada réptil passar sob os teus pés
E a rirem em ti da sua frigidez
Não te lances ao pescoço das cobras se tens medo de almas penadas
Não te lances ao pescoço das cobras se tens medo de almas geladas
Não te lances se tens medo
Se tens medo, não avances.
Mas só se tiveres medo.