Cruzeiro de Nossa Senhora da Guia, Guimarães (foto minha em Creative Commons) - actualmente sem uma das figuras (não sei por que razão - se vandalismo, se restauro) que, aqui, aparece sem cabeçaEm "O Santo da Montanha", Camilo Castelo Branco cita
Francisco Manuel de Melo dizendo
"Deus nos livre de Guimarães, onde prendem a gente e soltam os cães". Sei que há outra versão do mesmo anexim onde se diz que "Em Guimarães prendem-se as pedras e soltam-se os cães". Seja como for, nota-se que somos um povo que gosta dos canitos. Isso não é mau. Sendo eu um vimaranense de curta data (mas muito orgulhoso de ter duas caras - e ai de quem julga que isso me ofende!!!), lembro-me bem dos meus tempos de Alentejano, lá para os lados das Minas de São Domingos, para os lados de Mértola (já viram o anúncio da Antena 2 na televisão? Tenho a impressão que foi lá filmado...), em que uma das figuras da aldeia dava pontapés de matar carraças nos cães e, quando lhe chamavam a atenção para a violência do gesto, baixava-se para dar uma festinha nos bichos e dizia: "Quê?!... Eu gosto dos canitos!..." Uma figura, o Tó Quarenta, que bem está a merecer um post por aqui com as anedotas que dele se contavam... Mas estou a divagar. Acabei de descobrir que tenho um vizinho com um Blog de "cair o queixo ao crocodilo das Taipas" (sic) que teve a amabilidade de me linkar, designando-me como "A Arte da Jardinagem"... Vou pensar se está na altura de mudar o nome ao Blog... Entretanto, vale a pena espreitar (e ler com prazer) o canto que se designa como
"Torre dos Cães", que foi o nome de uma torre isolada a 262 passos a norte da torre de Nossa Senhora da Guia, em cuja localização foi feita uma falsa porta medieval para serviço da cerca do Convento de Santa Clara... Imprescindível.