Planta [que não é ]do género "Myosotis" - Parque Natural do Alvão - Foto minha, em Domínio Público.
Passou o Natal e o Ano Novo. Sei que não andei por aí a escrever Feliz Natal e Próspero Ano Novo a ninguém (não enviei sequer uma SMS). Limito-me a desejar um Feliz Dia-a-dia a todos aqueles que não esqueço. E é assim que aproveito a boleia para explicar o óbvio: os miosótis, na minha barra de links, correspondem àqueles a quem não esqueço uma palavra ou um gesto. Tão somente isso.
Assim, na minha classificação abotânica, as rosas (e a Orquídea) são também miosótis. E os miosótis estão a um passo de serem rosas.
Os miosótis, as mais conhecidas das flores azuis cerúleas não têm ainda, imagine-se, artigo na Wikipédia em português. Quando me preparava para escrever aqui algo sobre estas florzinhas que ladeavam os córregos da minha infância, lembrei-me da lusófona Wikipédia, num link, ali esquecido entre as prímulas, mas que não é mais que uma vereda para um bosque de ervas daninhas a precisar de fortes cuidados. Decidi arejar um pouco o blog com a minha ausência e deixei-me passear pela casa desolada onde as sementes do conhecimento livre ainda lutam por alguma dignidade. São também miosótis a pedirem que os salvem do esquecimento. A última flor do Lácio é também uma flor de miosótis. Azul pálida.