Sábado, 14 de Janeiro de 2012
Sebastiana e Manas, de Antonieta Ribeiro

Antonieta Ribeiro é uma daquelas grandes amigas que descobri graças à minha esparsa atividade na Internet. Este seu livro, magnificamente ilustrado por Rita Correia num majestoso preto e branco de traços complexos e tão cheios de referências ecléticas quanto o texto de Antonieta, é, logo ao primeiro encontro, um deleite para a visão e para a audição (se lido em voz alta para qualquer pequenote que não se interesse apenas pelas coisas sem interesse que atropelam a vida das crianças de hoje). 

 

Cinco irmãs, numa teia de cincos que despertam o leitor para as subtilezas dos pormenores literários, que vão desde os nomes das personagens aos génios e espíritos que dão forma aos sentidos, descobrem, num encontro de sensibilidades, a riqueza de um mundo onde em tudo moram deuses, como é dito no célebre fragmento de Tales de Mileto.

 

Há, por vezes, na literatura infantil, um certo medo da complexidade. Antonieta sabe bem que as crianças enfadam-se facilmente com a simplicidade minimalista, cujos encantos são apenas para alguns adultos iniciados na abstração. O Universo, para uma criança, é repleto de coisas para descobrir. E Antonieta abre portas em todas as direcções. Há neste livro uma chave para qualquer educador explorar em conjunto com a criança que nele se perder, entre nomes de espécies botânicas a grandes criadores da História Universal.

 

Não consigo deixar passar despercebida as referências à cidade de Guimarães e a São Gualter, bem como as entradas da Wikipédia (algumas com um dedinho meu) com que Antonieta me fez crer (provavelmente sem eu ter razão em crer em tal) que este livro foi escrito para mim. Creio - qual creio, sei, que quem quer que nele pegue descobrirá um recanto de luz, perfume, delícia, carícia, bem como um certo murmurar de vozes que transcendem aquilo que sentimos. É preciso ir mais além. E Antonieta fê-lo. Diz-me o meu sexto sentido.

 

Onde comprar? Aqui vai a lista (tirada daqui).  

 

Les Enfants Terribles - Bar & livraria do Cinema King 
Rua Bulhão Pato Nº 1, Lisbon, Portugal 

Livraria Caminho 
Rua Pedro Santarém, n.º 41 
2000-223 Santarém 

Livraria Graça 
R. Junqueira 46 Póvoa de Varzim, 
4490-519 Porto 

Livraria Avenida 
Rua António Sardinha 11 -r/c 
7800-447 Beja 

Clube Literário 
Rua Nova da Alfândega, 22 
4050-430 Porto 

Aliete S Clara Brito 
Avenida 25 de Abril, 24 R/C 
8500-511 Portimão 

Livraria Portugal http://www.livrariaportugal.pt/ 
Dias & Andrade, LDARua do Carmo, 70 
1200-094 Lisboa 

Livros da Ria Formosa 
R D. Vasco Gama Edifício Vasco Gama-lj L, 8600-722 Lagos 

Culturminho – Braga 
Rua Dr. Francisco Duarte, 319 
4715-017 Braga 


Culturminho – Guimarães 
Praça Heróis da Fundação, 436 
4810-242 Guimarães 

Apenas online: 
Bertrand Livreiros 


Chiado Editora 

Ou falando com a autora Antonieta Ribeiro, fazendo o pedido directamente para o seu e-mail: aribeiro43@gmail.com

 

Não se vão arrepender.

 

 

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publicado por Manuel Anastácio às 16:35
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5 comentários:
De glaucia lemos a 14 de Janeiro de 2012 às 18:27
Comentar o seu comentário ao livro Sebastiana e Manas, de Antonieta Ribeiro, será o mesmo que chover no molhado, já que tendo conhecido o óptimo texto em primeira mão, tive o prazer de dizer à autora o quanto de gratificante era sua leitura, estando pronto para entrar em editora. Leio pelas palavras do crítico ter sido enriquecido com os conhecimentos do além de poeta e crítico, ainda professor de Ciências Naturais, o que o torna de maior interesse ainda para as escolas. Como pode ver, comentar o seu comentário, meu caro Manuel, pretende não mais de que registar minha modesta presença em mais uma das suas sempre gratificantes páginas no A Condição Humana, leitora e admiradora que dele sou de tantos anos. e lhe dizer q deve mesmo sentir-se vaidoso de haver colaborado para o engrandecimento deste pequeno/grande texto infantil. Com sexto sentido ou sem ele.
De Maria Helena a 14 de Janeiro de 2012 às 22:33
Envaidece-me que tenha sido através de mim que os três se tenham encontrado.
De Antonieta Ribeiro a 16 de Janeiro de 2012 às 19:55
Manuel, se tivesse dons de adivinhação e se soubesse que o comentário ao meu livrinho seria nos moldes em que o escreveu, até me teria esforçado mais...
O seu dizer atingiu certeiro os meus sentidos. Soube-me a muito, foi um manjar completo!
A bem dizer, não foi escrito para si, mas merecia-o! Tive um tio de nome Guálter , que de santo nada teve, mas que procurava, sempre que possível , ir às festas gualterianas , na bela cidade de Guimarães. E o tio Guálter , à sua maneira, era um santo.

A Wikipédia foi um excelente recurso, um amigo (ou amiga?) que sempre me acompanhou quando decidi incluir o Sentidário .
O entendimento que teve do meu trabalho foi mais do que correcto. Mencionou os pontos sensíveis que eu pretendia atingir no leitor.
Recordo, com saudade, como os meus pais me introduziram bem cedo na leitura. Como eles gostavam de ler! De contar histórias. E eu de as ouvir.
Talvez que a terra vermelha que pisei bem cedo (nasci em Luanda, com raízes Sintrenses e de Trás-os-Montes), me tenha feito olhar os locais e as gentes de forma múltipla. Talvez que poder colher mangas no recreio do liceu, comê-las entusiasticamente, sem receio que os professores me fizessem algum reparo, me tenha dado alguma força de imaginação.

E o amor aos netos? Foi ele que me motivou para escrever este livrinho.
Afinal, o que é que faz girar o mundo?

Um grande abraço, Manuel.
E olhe, descobri que ambos nascemos a 16 de Março. Eu sou menos jovem, claro. Paciência ! E sem ciência, algo esquecida das Ciências Naturais...

Foi graças à Helena Ribeiro e à Gláucia Lemos que nos viemos a conhecer neste mundo, por vezes tão virtual. Por isso , e não só, incluo um abraço muito especial a essas duas grandes senhoras, que comentaram o seu comentário.

Muito grata e feliz
Antonieta Ribeiro
De Manuel Anastácio a 16 de Janeiro de 2012 às 21:18
Feliz eu por vos conhecer a todas!
De Rita Correia a 21 de Janeiro de 2012 às 22:53
Os meus dons não tendem tanto para a escrita... mas mais para enfeitar textos de desenhos... e como nesta caixa não é possível desenhar uma boneca feliz que traduz o meu estado presente, segue então um abraço escrito, pelas suas gentis e verdadeiras palavras que tanto prazer me deram ler em relação ao livro da minha querida e recente "avó emprestada" Antonieta :)

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