Lume na lareira junto à qual li Júlio Dinis, José Saramago, Eça de Queirós, Maurício de Sousa, livros do Patinhas, Collodi, Salgari, Condessa de Ségur, Marquês de Sade (só a "Justine, ou Os Infortúnios da Virtude", juro...), alguns russos, José Mauro de Vasconcellos, Rómulo de Carvalho, Jorge Luis Borges, Camões, Camilo Pessanha, a Bíblia, Evangelhos apócrifos, Proust, livros da Anita, revistas das Selecções do Reader's Digest, John Steinbeck, Enid Blyton, Sophia, Santo Agostinho, Heródoto (os volumes que tinham saído das Edições 70... será que já publicaram os outros?), Homero, Henryk Sienkiewicz, Lew Wallace, Salman Rushdie, Edgar Morin, os livros da escola (da minha irmã, que eram mais interessantes que os meus)...
...E, claro, o "Seringador", enquanto a roupa molhada secava nas costas de uma cadeira e a minha mãe fazia mexuda de abóbora...
... E onde se cozia e assava o bucho que, tal como foi dito em comentário há dois artigos atrás, pelo meu natal-conterrâneo Silvério Salgueiro, também se come recheado, assim como a bexiga do porco, com os ingredientes utilizados nas morcelas. Na bexiga, como as morcelas de arroz e, no bucho, acrescentando pequenos pedaços de carne. Um dos dois, na casa do Silvério Salgueiro, que na minha não, era comido no Domingo Gordo como acompanhamento das sopas alvas com grão-de-bico e hortelã. Hortelã essa que é um dos cheiros típicos de Carvalhal, especialmente na estranha canja de porco que é servida no dia da matança, com massa esparguete.
... E junto à qual muito bucho de criança, incluindo o meu, correu o risco de ficar revirado em brincadeiras contorcionistas... Mas quanto a isto, o caro Silvério ainda não me esclareceu cabalmente, já que ouvi a muita gente falar de casos concretos de buchos revirados (claro que pode ser um mito... rural...). E creio que fosse um estado mais grave e permanente que a ânsia de vómito e enjoo referido pela Gerana... E, já agora, creio que descobri o que é chamado de "passarinha" nas matanças de Carvalhal: o baço. Ainda que o uso da palavra "passarinha", na acepção referida pela Gerana num comentário anterior seja, de facto, corrente.