Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2015
Educação do meu imbigo

Do ponto de vista da direita, os melhores professores estão na escola pública. São mais bem pagos (pelo menos se não tiverem tido as carreiras congeladas desde o tempo do Sócrates) e, por enquanto, são um pouco mais bem tratados que os dos privados que, se o patrão quiser, vão limpar sanitas. Nada contra limpar sanitas. Mas parece-me que não seja tarefa com mais valia pedagógica. 

Do ponto de vista da direita (PS, PSD e PP, caso não saibam distinguir), os melhores vão para onde o seu excelente desempenho é valorizado. Assim provo o que acima é sustentado.

Porém, para a direita, com os seus rankings e sistemas de avaliação de professores e de valorização do desempenho de escolas, as melhores escolas são do privado.

Partindo agora do princípio que boas escolas têm bons professores... está a falhar-me o silogismo...

...será preciso contratar os professores que escrevem com erros de ortografia.

Porra, o que é que está a falhar no meu raciocínio?

publicado por Manuel Anastácio às 22:26
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Voltei! Ou talvez não (como se alguém quisesse saber)

Diz o Daniel de Oliveira, não o Manel d'Oliveira, que é preciso uma cultura de união, tanto à esquerda como à direita. É desnecessário procurar fontes na net, que não vão existir. Ouvi isso agora na tele. 

 

União à esquerda? Sem dúvida. É o local onde devia haver. É onde não há. E por razões que me serão para sempre incompreensíveis, a não ser pelo sectarismo genético que parece existir em cada boa ideia que nasce entre a podridão que se chama história humana, a esquerda nasceu para se dividir. A direita não. É coesa. É um clube onde, para se entrar, só é preciso uma coisa: ser grunho.

Cuidado: há grunhos bons. Há grunhos cultos. Há grunhos de quem eu gosto muito. Mas, peço desculpa aos visados: ser de direita é, sim, e sem qualquer dúvida, ser grunho. É ceder às vontades básicas do egoísmo. É estar-se a cagar para quem não se vê. É chorar lágrimas de crocodilo. É fingir que se é bom porque se dá uns trocos para caridade. É pensar que solidariedade é dar com uma mão e tirar com muitas. É. Conheço grunhos que pensam isto. Mas por outras palavras, ou omitindo estas palavras.

 

A esquerda precisa de unir-se mais. Em Portugal, uniu-se mais ou menos no tempo em que fumava charros. Agora, que a esquerda portuguesa é muito clean e até o tabaco deixou, muito lúcida... põe-se a pensar. E divide-se por questões de bardamerda.

 

A direita, pelo contrário... só pede como requisitos mínimos que se queira foder a vida dos outros, já que a sua é uma merda... Pera aí... esses são os de direita... ou os de esquerda?

 

Fosga-se. Daqui a pouco digo cm'ó Cavaco. Unanimidade. Há mais coisas que nos* unem que as que nos separam. Como diz o coiso. Boa noite.

 

*Nos, não. Eu não entro nessa conta. Nem ao centro, cruzcredo**.

 

**Cruzcredo não é erro ortográfico. É figura de esquilo.

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publicado por Manuel Anastácio às 21:44
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