Sábado, 5 de Maio de 2012
Metamorfoses

 

 

 

Num canto de um quarto com reminiscências expressionistas, visto sob um olhar circular (mas plano, sem utilização de qualquer deformação por lente olho de peixe) projectado na parede do fundo do cenário, um homem (uma larva, um conceito?) contorce-se. No palco térreo, um violinista e um clarinetista, como prolongamentos da mobília, vestidos com o mesmo padrão do estofo das cadeiras formam um biombo mudo no meio dos sons electrónicos difusos e estalidos eléctricos, ao mesmo tempo que lâmpadas confundem-se com velas propiciatórias de um sacrifício ou de um ritual iniciático. O violinista começa um chamamento hierático que estabelecerá com o clarinete baixo um ritmo de horror e de ansiedade em comunicar, concomitante a um alheamento que se manterá até ao fim daquilo que nos é permitido ver. Saindo da tela projectada, que se mantém com o quarto vazio, ao fundo, o homem-larva avança em todo o fulgor anímico e primordial de um pesadelo infantil ou mitológico. As luzes desenham cada pormenor de uma anatomia que parece irromper de uma pele que se estica devido a convulsões internas e dolorosas. A larva estende-se para os músicos, entre a admiração contemplativa, o espanto e o desejo. Os músicos levantam-se, mudam para duas estantes ao fundo do palco. São atiradas roupas semelhantes às que usam para o chão. A larva conceptual, o homem indefinido e em mudança explora as cadeiras deixadas vazias e esconde-se e espreita para lá das estantes. As cadeiras são modificadas pelo ato de as virar e deitar, dando-lhes outro significado, transformando-as num objecto outro que, para além do complemento funcional à postura corporal, toma o lugar, primeiro, de limite, de grade, de fronteira, depois, de cela ou casulo onde a larva se aninha até que eclode. Mas a eclosão não dá imediatamente lugar à transformação. Esta é gradual, o inseto nascido toma as roupas deixadas no chão e abandona o palco. Durante todo o processo, as luzes sobem e tremem no vendaval horrendo e fascinante de uma partitura de íntimas preocupações e fantasmas à procura de uma resolução que não chega. A transmutação não traz alívio. A larva deixa o palco e volta gradualmente, primeiro como sombra, depois como corpo vestido, transformado em desenho monocromático que ondula no canto mais afastado, ao centro da tela em que olhamos e, por onde, por fim, somos olhados e definitivamente excluídos do ato voyeurista de entrar nos sonhos mais perturbadores de alguém tão indefinido quanto nós.

Falo de “Metamorfoses”, uma criação da Companhia “Mundo Razoável”  que assim se estreia com um espetáculo (será um espectáculo, deveras?) tão perturbador quanto belo sobre a relação confusa entre o ver e o intuir, o ser e o devir, o alhear-se e o sentir. O homem-larva, kafkiano, visto como se estivesse sob as pinceladas rudes de Paula Rego, é encarnado e transmutado por uma excelente interpretação de Carlos Silva, ao som da partitura inconformável de Dimitris Andrikopoulos e a coreografia incómoda de Cláudia Marisa.  Os músicos: o violinista, Emanuel Salvador, e o clarinetista Jordi Pons, interpretam um diálogo surdo (dois monólogos em paralelo) de nervos desnudados, numa composição poética dolorosa a que dão um brilho a que a minha imperfeita melomania não consegue dar a justa avaliação para além de um efeito emocional desgastante que não me permitiu sair do espectáculo satisfeito da vida, mas em suspenso perante os monstros que dormem nos recantos da minha alma ou das almas que comigo se cruzam, vestidas com os mesmos trapos com que se vestem as mobílias, dando a imagem de lugares compostos na paisagem social, mas tão revoltos no seu interior quanto o magnífico desenho de luz de Rui Damas.

Quarenta e cinco minutos de uma bem merecida tortura emocional e deslumbrante fruição estética a vários níveis. A repetir amanhã e depois de amanhã (dias 5 e 6 de Maio), às 10 da noite no Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, mesmo ao lado do Mercado Municipal de Guimarães.

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publicado por Manuel Anastácio às 02:02
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Quinta-feira, 19 de Abril de 2012
O Coração Sabe, de Vasco Ferreira Campos

Que "O Coração Sabe" coisas que o intelecto se recusa, por teimosia, a olhar de frente, todos sabemos. Mas poucos são aqueles que as sabem transformar em certezas e, menos ainda, aqueles que as conseguem expor no seu esplendor de coisas não corrompidas pelo pensamento. Vasco Ferreira Campos é um poeta capaz de definir as certezas com a mesma convicção com que defendemos os nossos pressentimentos. É um poeta das coisas concretas, tal como a memória as desencanta dos recantos mais luminosos daquilo que nos define enquanto pessoas. Há nos seus poemas um clarão místico, de coordenadas meridionais e orientais, com toques de uma religiosidade e fé pagã, natural, alheia à catequese. Da mesma  forma que uma criança, perante o rosto das respostas que lhes são dadas, não aceita a possibilidade do engano, há uma puerilidade sábia e reflectida em cada um dos seus versos ("agora até sou mais inteligente, mais convencido / e, inevitavelmente, menos sabedor"). 

 

A dedicatória do livro de poemas que tenho agora ao meu lado é dirigida aos seus filhos. E Vasco Ferreira Campos deixa-lhes, neles, uma herança de certezas talvez deles recebida. É à luz do olhar infantil que a sua poesia, madura, justifica esta primeira impressão de infância recuperada, com uma força descritiva e evocadora ao modo de Proust, mas de forma sintética e quase epigramática. Chamei um dia, a um dos poemas deste livro, um tratado de antropologia íntima. É daquelas expressões que eu gosto de buscar ao baú das minhas impressões confusas, mas que, no fundo, o meu coração sabe estarem certas. Antropologia, dizia eu, mas poderia chamar-lhe, também, epistemologia prática. Uma epistemologia que legitima alguns enganos (não erros) que nos deixam uma esperança intimamente justificada de estarmos certos. Mas as palavras do Senhor Vasco, como o conheci pela primeira vez, nem são dessa esterilidade discursiva para a qual está a cair este meu texto (e que já me fez perder 60% dos leitores que avançaram para lá da segunda linha de texto), nem exigem profundidades de análise porque convém que sejam lidas de olhar lavado e com o estado de espírito próprio de quem vai ser admitido numa casa acolhedora, a meio de uma tempestade ou a meio da desolação da inexistência. E há, de poema em poema, um percurso onde nos confrontamos com a infância, as responsabilidades que assumimos e para as quais nos faltam a simples possibilidade de as manter, não por impotência, mas pela própria essência do devir e da entropia, a felicidade dos espaços familiares, a intimidade dos olhares sempre à procura de um horizonte fixo onde assentar certezas sem nome, mas luminosas e propiciadoras de uma paz que ora toma a forma de uma casa ora a sombra de uma árvore (talvez ambas, a mesma coisa). Mas sempre que evoca a árvore ou a casa, não o faz de forma abstrata. As árvores e as paredes têm uma realidade própria feitas de experiências sensoriais sugestivas, mas sugerindo sempre verdades íntimas que se confundem com verdades universais, da mesma forma que o contato erótico, sugerido mais pela cadência dos versos nos poemas que pelas imagens mínimas do cabelo ou da pele humedecida, toma a mesma certeza intemporal, semelhante à certeza da morte, tão próxima da certeza da própria existência. A dignidade humana é feita destes arrepios feitos de tempo, espaço, memória ("os nossos mortos / têm a localização exacta / dos seus vivos") e na conciliação de todas as dualidades graças à escolha, a cada passo, de um novo abrigo: a casa iluminada, a árvore, os objetos de um quotidiano harmonioso e belo, não obstante a corrupção do mundo e - principalmente - os filhos, herdeiros das certezas e dos enganos cósmicos que mantêm a sucessão das estações e a permanência das coisas belas enquanto manifestação da própria natureza em nós, que somos apenas um elo entre as ternuras a nós passadas ("As pombas esvoaçam em redor do meu pai. // A minha mãe por todo o lado") e as que, o coração sabe, transparecem na contemplação da luz que ilumina, reciprocamente, o amador transformado na coisa amada.

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Sexta-feira, 30 de Março de 2012
Tabu, de Miguel Gomes

"Aquele Querido Mês de Agosto" foi uma pequena revolução no cinema português. Com música dita pimba por fundo, florescia em fogo e sangue uma imagem de um povo através da sua própria expressão artística. Pegava num objeto dito "menor" ou, por vezes, considerado mesmo como reflexo da mediocridade das classes "incultas" e transformava-o em objeto de arte erudita. Não é inédito. A arte erudita, e a música em particular, sempre utilizou a arte popular como referencial cultural. Não da mesma forma como Amadeo pintava objetos do artesanato, não mantendo a sua essência e deles retendo apenas alguns atributos, como a forma parcial ou a cor,  mas da mesma forma como faziam os compositores dos romantismos  nacionais e regionais ou muitos dos chamados "cantores de intervenção". Usar música pimba como adereço de um filme artisticamente ambicioso não era novidade mas, que eu saiba, não tinha havido até então obra alguma que, respeitando o espírito e o objeto da música popular portuguesa recente, tão odiada e desprezada pela classe média culta, conseguisse transformá-la em arte de profundidade, reconhecendo-lhe uma dignidade própria.

 

Se em "Aquele Querido Mês de Agosto" havia a luz solar e a incandescência destrutiva do fogo, em Tabu, Miguel Gomes dá-nos a penumbra da nostalgia das solidões à beira de um monte fictício que dá nome ao filme e que se ergue como sombra telúrica de um continente que pesa e continuará a pesar na memória de um pequeno país onde uma solidão de pedra é apenas mascarada por tentativas anedóticas de estabelecer qualquer tipo de vizinhança. Pilar (Teresa Madruga) é uma católica progressista, uma alma justa e boa, de coração aberto aos outros, mas perdida nas contradições de afetos que nunca cumprem o objetivo de lhe encher a existência. Na casa ao lado, vive Aurora (Laura Soveral), acompanhada de Santa (Isabel Cardoso) numa relação de mútua rejeição e dependência desenhada segundo o estilo corrosivo e pausado das obras de João César Monteiro. Santa é como o Sexta-feira da obra de Defoe, onde vai exercitando as suas competências de leitura: um elemento estranho que disfarça a solidão de uma desterrada que não consegue destrinçar o sonho da realidade. "Paraíso Perdido" é o nome desta primeira parte de um filme, após um prelúdio irónico, como é irónica toda esta epopeia, reflexo de uma grandeza colonial que nunca foi mais que uma anedota grandiloquente. 

 

Sem rejeitar a prosódia declamativa que tanto marca o cinema português desde o "Amor de Perdição" de Manoel de Oliveira, e que estava ausente na forma de falar das personagens de "Aquele Querido Mês de Agosto", Miguel Gomes, num ano em que Hollywood celebrou a força genesíaca e auroral do cinema mudo, desenvolve, depois, uma segunda parte quase muda, narrada na voz absolutamente brilhante de Henrique Espírito Santo. E essa segunda parte é, provavelmente, o melhor que já se fez em cinema em Portugal sem que lá deixem de estar todos os mestres que, até agora, apenas podiam ser apreciados por uma minoria bem pensante. Pessoas haverá que, não conseguindo aguentar um filme de Oliveira ou cinco páginas de Camilo, terão aqui a oportunidade de sentir a universalidade destes criadores portugueses, numa obra que parece não inventar nada mas cuja inovação justifica em absoluto o prémio Alfred Bauer. Inova sem rejeitar a herança cultural, transformando-a e ampliando-lhe o horizonte para lá de quaisquer Tabus que circunscrevam o limitado espaço de alcance do cinema português. E Tabu é universal, da mesma maneira que Daniel Defoe, Melville e Murnau o são e da mesma maneira que Camilo, Eça e Oliveira o deveriam ser.

 

A fotografia, de uma beleza sem mácula, passa pelos corpos e gestos juvenis desta segunda parte, chamada de "Paraíso", onde Ana Moreira e Carloto Cotta encarnam duas personagens dignas de figurar no Panteão cinéfilo de Afrodite, tal a carga erótica com que incendeiam cada cena que protagonizam juntos, até um desfecho abrupto e brilhante in media res, estuando no mar negro da separação e numa solidão de cinzas. 

 

Um filme para se amar de forma perdida e incondicional. Agora e já, um clássico.

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Domingo, 4 de Março de 2012
The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore, de William Joyce
Se pensarmos em livros no cinema, é inevitável pensar nas fogueiras distópicas do "Fahrenheit 451" (Grau de Destruição, em Portugal) de François Truffaut, onde o livro é elevado à categoria de objeto proibido, subversivo e potenciador da criação de universos individuais incompatíveis com uma ordem social nascida da formatação por igual, e por baixo, dos cidadãos. Nesta curta metragem, Os Fantásticos Livros Voadores de Mr. Morris Lessmore, o cinema volta a fazer uma homenagem aos livros e à literatura. E, usando mais referências cinéfilas que bibliófilas, usa o objeto livro como personagem principal de uma alegoria facilmente assimilável, terna e verdadeira. O que é um livro? Em termos absolutos, um livro em formato digital é também um livro - e sê-lo-á mais do que um livro fechado a correntes como acontecia no tempo de todas as fogueiras. Um filme, na minha opinião, é um livro, da mesma forma que um objecto de arte poderá ser uma página - e, por alguma razão se chamam álbuns aos conjuntos organizados de interpretações musicais. Um livro é mais que o objeto composto por folhas cosidas a uma lombada e coberto por uma capa, mas será sempre, parece-me, esta a imagem que dele teremos no futuro, mesmo quando os suportes digitais conseguirem atingir a maleabilidade, adaptabilidade e especificidade de cada livro, nas suas características materiais, na sua relação com o leitor. O peso do livro, a sua grossura que diminui a cada página virada, a marca do uso por mãos anteriores, os sinais da sua perenidade deciduidade, são aspetos que não devem ser ignorados na paixão que alguns seres humanos desenvolveram em relação a um dos objetos também mais odiados e constantemente condenados à destruição por parte de outros seres humanos. Este pequeno filme centra-se na relação entre o livro e a morte e, dando aos livros propriedades físicas e biológicas que a eles não pertencem, põe de forma clara a tónica na eternidade do livro enquanto conceito e não enquanto objeto físico, sem que este último mereça menor consideração. O ser humano pode caminhar feliz na estrada da desmaterialização da informação, mas os nossos primeiros livros serão sempre físicos. O primeiro livro de uma criança é o objeto que esta leva à boca, assimilando uma realidade desconhecida à sua única maneira de sentir o sabor do mundo. O ser humano necessita dos objetos como totens ou amuletos configuradores de uma verdade imaterial mas que se relaciona com a realidade material que, para todos os efeitos é, no nosso entendimento, a realidade - por mais que acreditemos em energias e espíritos, e por mais fé que depositemos na falsidade da matéria, quando pensamos em verdade pensamos em objetos alheios a nós, como se nos fosse impossível participar dessa verdade com volume e presença perante a nossa figura fantasmagórica contaminando de falsidade os objetos. Ao mudar uma pedra de sítio, penso: tirei-a do seu lugar próprio, interferi na realidade, tornei falso aquilo que era verdadeiro. Quem escreve sabe bem que, ao escrever, está a dar forma material ou visível a uma verdade que, em grande parte, é mentira, ou mentiras que, na sua mais íntima realidade, são verdades absolutas. A ficção pode muito bem ser mais verdadeira que a não ficção. Basta ler um livro de ciência de há um século atrás e verificar como envelheceram as suas verdades e como cada frase comporta em si o erro, enquanto que os romances que já eram extraordinários naquele tempo parecem mais válidos agora do que nunca. 
Pequenos filmes como este são úteis na compreensão desta relação de amor que estabelecemos com objetos que servem de testemunho de outras tantas relações entre a verdade e a mentira, a posse e a dádiva, a permanência da vida e a imanência da morte. Este filme é um livro. E como qualquer livro, não se encerra nas suas páginas porque suscita outras. Há nos livros uma capacidade reprodutiva e somos nós, que os habitamos transitoriamente, o meio de cultura que lhes permite a disseminação. Quem pega num livro e o abre participa no maior dos acontecimentos do Universo, o único onde todos os acontecimentos foram e continuarão a ser possíveis. E onde a realidade se torna verdadeira quando ainda todos andam no terreno falso de um furacão sem chão, sem pensamentos e sem sonhos partilhados. Que um livro, entenda-se bem, só o é quando passa de mão em mão.
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publicado por Manuel Anastácio às 09:48
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Sábado, 14 de Janeiro de 2012
Sebastiana e Manas, de Antonieta Ribeiro

Antonieta Ribeiro é uma daquelas grandes amigas que descobri graças à minha esparsa atividade na Internet. Este seu livro, magnificamente ilustrado por Rita Correia num majestoso preto e branco de traços complexos e tão cheios de referências ecléticas quanto o texto de Antonieta, é, logo ao primeiro encontro, um deleite para a visão e para a audição (se lido em voz alta para qualquer pequenote que não se interesse apenas pelas coisas sem interesse que atropelam a vida das crianças de hoje). 

 

Cinco irmãs, numa teia de cincos que despertam o leitor para as subtilezas dos pormenores literários, que vão desde os nomes das personagens aos génios e espíritos que dão forma aos sentidos, descobrem, num encontro de sensibilidades, a riqueza de um mundo onde em tudo moram deuses, como é dito no célebre fragmento de Tales de Mileto.

 

Há, por vezes, na literatura infantil, um certo medo da complexidade. Antonieta sabe bem que as crianças enfadam-se facilmente com a simplicidade minimalista, cujos encantos são apenas para alguns adultos iniciados na abstração. O Universo, para uma criança, é repleto de coisas para descobrir. E Antonieta abre portas em todas as direcções. Há neste livro uma chave para qualquer educador explorar em conjunto com a criança que nele se perder, entre nomes de espécies botânicas a grandes criadores da História Universal.

 

Não consigo deixar passar despercebida as referências à cidade de Guimarães e a São Gualter, bem como as entradas da Wikipédia (algumas com um dedinho meu) com que Antonieta me fez crer (provavelmente sem eu ter razão em crer em tal) que este livro foi escrito para mim. Creio - qual creio, sei, que quem quer que nele pegue descobrirá um recanto de luz, perfume, delícia, carícia, bem como um certo murmurar de vozes que transcendem aquilo que sentimos. É preciso ir mais além. E Antonieta fê-lo. Diz-me o meu sexto sentido.

 

Onde comprar? Aqui vai a lista (tirada daqui).  

 

Les Enfants Terribles - Bar & livraria do Cinema King 
Rua Bulhão Pato Nº 1, Lisbon, Portugal 

Livraria Caminho 
Rua Pedro Santarém, n.º 41 
2000-223 Santarém 

Livraria Graça 
R. Junqueira 46 Póvoa de Varzim, 
4490-519 Porto 

Livraria Avenida 
Rua António Sardinha 11 -r/c 
7800-447 Beja 

Clube Literário 
Rua Nova da Alfândega, 22 
4050-430 Porto 

Aliete S Clara Brito 
Avenida 25 de Abril, 24 R/C 
8500-511 Portimão 

Livraria Portugal http://www.livrariaportugal.pt/ 
Dias & Andrade, LDARua do Carmo, 70 
1200-094 Lisboa 

Livros da Ria Formosa 
R D. Vasco Gama Edifício Vasco Gama-lj L, 8600-722 Lagos 

Culturminho – Braga 
Rua Dr. Francisco Duarte, 319 
4715-017 Braga 


Culturminho – Guimarães 
Praça Heróis da Fundação, 436 
4810-242 Guimarães 

Apenas online: 
Bertrand Livreiros 


Chiado Editora 

Ou falando com a autora Antonieta Ribeiro, fazendo o pedido directamente para o seu e-mail: aribeiro43@gmail.com

 

Não se vão arrepender.

 

 

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publicado por Manuel Anastácio às 16:35
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