Terça-feira, 23 de Dezembro de 2008
Natal

Poema original de "The Nightmare before Christmas" de Tim Burton.

 

Há natáis que pedem poemas.

Outros não.

Os que pedem, pedem

Poemas de luz celeste em terra escura.

Outros não.

Os que pedem, pedem

Sofrimento em grossos traços de doçura.

E em gritos no tom que eclode

No peito frágil que enfim respira.

 

Outros não pedem.

Não podem. Não querem. Não são.

Outros não.

 

Há natáis que pedem o segredo

Que a luz aos sábios segredou

E  que em caixinhas guardados

Em ouro, incenso e mirra se disfarçou.

Um traz silêncio, que ele dorme.

Um traz aviso, pelo perigo.

Outro, novidade, que o menino ignora.

Porque é de poema o sobreaviso, o aviso e a demora.

Ou não.

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publicado por Manuel Anastácio às 17:03
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De Maria Helena a 23 de Dezembro de 2008 às 21:21
O silêncio faz parte da natureza divina. Toda a criação participa do silêncio de Deus – em silêncio se nasce, em silêncio se cresce, em silêncio se morre .Que o silêncio do solstício ou o do presépio nos ajude a ir ao fundo de nós para que possamos viver com mais humanidade e ter a simplicidade de coração que nos leve a compreender que apenas os nossos limites dizem a grandeza do que temos.
Vir aqui significa vir ter com uma das boas companhias que tenho nesta peregrinação a que chamam vida.
Gosto de ser testemunha de afectos e cumplicidades que só pessoas de qualidades humanas invulgares sabem cultivar, como a Gerana e a Gláucia, por exemplo...
Gosto.
Manuel, que este Advento seja a certeza de que Deus vem sempre e que essa fidelidade amorosa é fonte de abundância de Vida.
Boas Festas para si e para os que lhe são queridos!

Maria Helena
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