Bachianas Brasileiras, de Heitor Villa-Lobos, por Hayley Westenra.
Vai avançada a altura das magnólias brancas. Tem o meu sogro uma destas árvores de cor verde escura lustrosa que dá apenas uma flor por ano. E, ao que parece, oferece o resplendor branco da flor apenas por um dia. Uma noite passada e já as folhas esmorecem com cor de ferrugem. Nunca vi a flor dessa árvore, floresce sempre um dia antes de lá ir, mas pelo simples facto de ser única e durar apenas um dia, quando olho para essa árvore, julgo que nela mora uma fénix, invisível ao meu olhar, mas que, sem dúvida alguma, lá permanece. Em contrapartida, em Guimarães há muitas destas magnólias brancas, como estas que fotografei no parque da cidade, há uma semana atrás.
Poderás vê-las nos Jardins do Palácio dos Biscainhos, agora Museu, se passeares pelo jardim. Não darás o tempo por perdido, mas antes, encontrarás um motivo (vou ser ousada e dizer que encontrarás muitos!) para por lá permanecer, horas!... Vais ver uma colecção de presépios bem portugueses, única! Quando fores para os jardins, delicia-te a olhar o edifício do final do séc. XVII, inicio do séc.XVIII Barroco em todo o seu esplendor, Manuel! Vale a pena a visita, pelas magnólias, por tudo! Vais ver como é belo "o trabalho de parto da poesia" ali! ;-) Bom gosto o teu, Manuel. Não percas a oportunidade de vir ver as magnólias, soberbas, não vaidosas em demasia, mas antes, belas princesas... Até conseguirás "ouvir" o casco dos cavalos, a "castanholar" cá em baixo, naquele cháo lindíssimo que vais percorrer até abrires a porta e "entrares" no jardim. Perde-te por lá...
Um beijo e aproveito para dizer o quanto gostei de te ler aqui, no teu texto, umas quantas palavras abaixo deste outro, e lá, na casa da "Poesia Portuguesa" da Otília(a MM)