Galos. Copyright desconhecido.
Mesmo não tendo eu muito tempo para escrever para o blogue, parece-me por bem responder ao pedido de alguém que entrou por aqui à procura de “galos com o rabo muito grande”. Lembrei-me, a este propósito, de um conjunto de fotografias sobre galináceos que a Ana Ramon me enviou. Não sendo estes dois os mais interessantes dos espécimes, são, pelo menos, aqueles que melhor arvoram uma cauda de respeito. Ainda assim, nenhum rivaliza, de facto, com o galo de Barcelos, ainda que o mesmo estivesse depenado, degolado e morto na altura em que cantou miraculosamente, provando a inocência do galego que terá, segundo a tradição, esculpido o cruzeiro onde é contada a História e em cujo verso estão duas (ou quatro) figuras que muito me intrigam e que merecerão artigo à parte, a seu tempo. Nesta parte da frente, além do crucificado, do enforcado e do juiz que acorre a salvá-lo do nó lasso que lhe atarda a morte, vemos o galo com um rabo de respeito, como bem seria do agrado do visitante que daqui saiu, com certeza, desconsolado. Pode ser que volte, quem sabe…
Cruzeiro do Galo de Barcelos, Museu Arqueológico de Barcelos, foto minha em Creative Commons