Dois anjinhos enganchados em vides verdes
Colhem uvas.
Um pescador enrola e desenrola nas suas redes as palavras da salvação.
Dois anjinhos, que arrancam olhos a demónios,
pisam altares,
feitos lagares do vinho da perdição.
Um fauno ri. Mulheres correm, em círculos
Para os braços peludos da Criação.
E é assim que se dá, comprovadamente,
Na minha santa mente, o milagre da Transubstanciação.