Terça-feira, 17 de Novembro de 2009
Mote 1


Sino do Quersoneso. Carregar na imagem para os devidos créditos.

 

Tinha perdido o meu lado esquerdo.

Procurei-o até ao fundo do mais profundo volume dos oceanos da vulgaridade.

Perdido meu lado esquerdo,

Fiz orações a Santo António. Orei, com sentido na verdade.

Em ingénua sinceridade, dei pulinhos ao Longuinhos.

Ofereci cravos a São Bentinho. Da Porta Aberta,

Enfim, veio. De parte incerta,

Sem a ontológica impressão do que teria sido,

Enquanto fui, dele, nele perdido.

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publicado por Manuel Anastácio às 22:54
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Quinta-feira, 12 de Novembro de 2009
De volta, ou quase

E aí, gente? (ainda não sei utilizar devidamente o oxente!) Tudo beleza?

 

A entrada foi só para dar uma tez dourada às palavras.

 

Não tendo ainda, tecnicamente, terminado a minha ausência, aproveito para algumas curtas, em jeito de resposta aos comentários dos amigos que, muito massa (como diria o Alan, meu vizinho brasileiro, conhecido nestes dias em que estive fora), não deixaram a conversa morrer por aqui:

 

O Silvério notou que a ausência coincidiu com uma altura em que a teologia estava na ordem do dia. Assim é. Devo dizer que concordo inteiramente com o José Saramago no que à Bíblia diz respeito, ainda que também deva concordar, por exemplo, com o Padre Carreira das Neves, pessoa que muito admiro pela sua inteligência e pela forma arejada como remove as teias de aranha às páginas sagradas. Sobre "Caim", esse livro feito para passar à tela pela mão de Pasolini (que, mais de resto, pouco mais é, pelo menos daquilo que li - ainda vou na página 80) falarei mais tarde.

 

Quanto ao Camilo, também o tenho lido. Acabei o "Agulha em Palheiro", ao mesmo tempo em que arrumei com o Bernardim Ribeiro lido em letras digitais de um mp4, depois de os descarregar do Project Gutenberg. Não tem a sensualidade do papel, mas tem a vantagem de se poder ler nos segundos vagos que se intrometem nos afazeres quotidianos.

 

Quanto ao acarajé com pimenta e ao vatapá com camarão (que o Alan não me ensinará a fazer, porque apesar de ser bom cozinheiro, é Vegan)... resta-me tentar fazer umas experiências na cozinha antes de chegar o tempo em que os comerei genuínos. Tal como os pastéis de nata, nada há como a fonte original.

 

Bem, por hoje, gente, calo-me.

 

 

 

 

publicado por Manuel Anastácio às 20:59
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