Volto às Quimeras de Nerval, agora com um poema que não é mais que a variação do poema do país dos limoeiros, de Goethe, que traduzi há algum tempo atrás.
Lembras, Dafné, a antiga canção,
Junto ao cipreste, sob alvo loureiro
Oliva, murta e tremente salgueiro,
- Canto de amor sempre em ressurreição?
Não vês do sacro peristilo, o vão,
Limões acres que marcavas c os dentes,
Mais a cova, fatal aos imprudentes,
Da seme antiga do caído dragão?
Voltarão os Deuses que agora choras
Voltará a lei das antigas horas;
A terra ofega, exala profecia...
Mas a sibila de rosto latino
Dorme sob o arco de Constantino
- O austero pórtico nada indicia.
(Gérard de Nerval, "As Quimeras" - versão de Manuel Anastácio)
Se muitas vezes não tenho este blog actualizado, é porque passo muitas horitas em frente às "Mudanças Recentes" da Wikipédia. Entretanto, vou escrevendo alguns artigos de que me orgulho particularmente. No entanto, há sempre um certo receio de que recomende um artigo meu a alguém que vá deparar com uma página vandalizada. Por, isso, vou passar a indicar por aqui links para versões fixas (não vandalizadas, de certeza) dos artigos que vou fazendo. Claro que dou a minha contribuição em muitos artigos que por lá grassam, mas, por aqui, vou apenas indicando aquilo que posso considerar mais "meu", ainda que na Wikipédia seja tudo "nosso"... Recomendo, pois, a leitura do meu artigo sobre Yeats (tem também algumas alterações de um anónimo que tornou algumas frases menos tendenciosas)... É só seguir o link: William Butler Yeats.
Já sabem: se tiverem algo a corrigir ou acrescentar, é só carregar em "artigo" (para actualizar a página), rever, carregar em "editar", modificar e, depois "salvar"... Boas wikipedices!