Vénus. Jardins do Schloss Nordkirchen. Carregar na foto para os devidos créditos.
Da beleza desejamos semente,
Para que da rosa não morra o belo,
E, seguindo, a madura, o sol poente,
Seja relembrada em botão singelo.
No brilho dos teus olhos contraída,
Luz ardente a si mesmo se consome,
Por teu próprio e gentil imo ferida,
Mudas da abastança o leito em fome.
Tu, do mundo o mais viçoso ornamento,
E da Primavera exclusivo arauto,
Encerrado germen de órfão rebento,
Terno avaro, do desperdício incauto.
Ávido, do mundo tem piedade,
No devido, ou na morte, saciedade.
Tradução / versão de Manuel Anastácio