Terça-feira, 2 de Junho de 2009
Sem eira nem beira, Xutos & Pontapés

Vergonhoso, este post do Tomás Vasques. Deixem-nos, pois, escolher. Eu, por mim, escolho não voltar a ouvir rádio da Emissora Nacional enquanto este governo se mantiver no poder. Isso inclui a Antena 2.

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publicado por Manuel Anastácio às 01:02
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De Tomás Vasques a 2 de Junho de 2009 às 19:58
Meu caro Manuel Anastácio: ter opinião não é vergonhoso; nem ontem, nem hoje, nem nunca. Acharem que somos «criancinhas» que não podem ouvir uma canção supostamente contra o Governo ou censurarem um anúncio que critica as manifestaçõesé que é vergonhoso. Abraço.
De Manuel Anastácio a 2 de Junho de 2009 às 21:54
Jamais censurei ou pedi a censura de anúncio algum. O problema desta "censura" que não o chega a ser, ou, porventura, é pior, é o facto de ser uma autocensura. Quando é o próprio criador ou divulgador a decidir proibir - e trata-se de proibir, repare-se que nem se trata de não publicitar em demasia - é porque há um mal entranhado de medo e de subserviência. Repare que concordo consigo no que diz respeito à "censura" do anúncio que, aliás, desconhecia até à leitura do seu artigo. Mais que vergonhoso, é ridículo, até porque lhe subjaz um carácter humorístico. Mas jamais aceitarei a má (ou demasiado boa) retórica do seu artigo onde justifica a não possibilidade de ouvir uma peça musical (devido à autocensura) com a liberdade de escolha. É retórica no seu estado puro, meu caro Tomás Vasques, de quem aprecio a inteligência, embora a considere mal gasta. Não gosto de José Sócrates nem pintado, mas a questão não é essa. Qualquer censura (a não ser em casos de graves repercussões sociais e éticas, o que não acontece nem no caso do anúncio da manifestação contra os pontuais ao trabalho nem no caso de uma canção sobre um engenheiro, "e engenheiros... há muitos, seu malandro..." - Vasco Santana adaptado, não vá o diabo fazer cair-me em cima um processo judicial por chamar de malandro a um digno cidadão, qualquer censura é sempre má - mas não há pior que a autocensura. Pergunte o Tomás Vasques aos escritores de antes do 25 de Abril de 74 onde estavam os principais censores, se num gabinete com um lápis azul, se na sua própria mente. Estavam ali, neles mesmos, meu caro. É o país, em termos psicológicos, tal como o temos. Um caso de engenharia admirável, não duvido. Um país que se autocensura e que adora um líder que etiquetado de socialista conseguiu o que o Botas nunca conseguiu, a não ser à força (física). Admirável. Aplausos.

O pior censor está na mente de quem tem como função não censurar. É o caso.
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